sábado, 21 de abril de 2012

Na Tribuna do Norte, Franklin divulga o seu mais novo livro.


Franklin Jorge apresenta fragmentos da cultura de GO

Publicação: 21 de Abril de 2012 às 00:00
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O jornalista Franklin Jorge é daqueles que se enquadram no perfil dos escritores compulsivos, e seu recente "O ouro de Goiás" comprova que não há hora nem local para colocar ideias e impressões no papel. Com 11 livros publicados e 43 inéditos, Jorge apresenta uma colcha de retalhos formada por perfis de personalidades que fizeram parte das experiências que vivenciou durante as estadias em Goiás. Mas não espere, caro leitor, por um coquetel de lançamento: o autor, que chegou a escrever 16 horas por dia durante muito tempo, nem cogita essa possibilidade - quem quiser comprar um exemplar terá que entrar em contato direto com ele (9116-6130).
Frankie MarconeFranklin Jorge apresenta livro com personagens a partir do convívio que manteve durante as décadas de setenta e oitenta.Franklin Jorge apresenta livro com personagens a partir do convívio que manteve durante as décadas de setenta e oitenta.

Editado por Ubirajara Galli, membro da Academia Goiana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, entusiasta das letras e da relação criada por Franklin Jorge entre os dois estados (o sal norte-riograndense, transportado em lombo de mulas até GO é um desses elos), o livro começou a ser escrito em 1978 e traz relatos pessoais sobre encontros com personalidades como Cora Coralina - antes mesmo dela ser uma escritora nacionalmente conhecida. Detalhe, concluído há mais de 20 anos, "O ouro de Goiás" teve que ser reescrito em 40 dias a partir das anotações, devido o extravio dos originais.

"Bem antes do livro ser publicado, alguns textos já circulavam na internet e se tornaram referência para estudantes e universitários", disse o jornalista, na varanda de sua casa no Tirol, em uma pacata vila muito bem disfarçada no meio do caos urbano. Rodeado por três gatas: "a acrobata desastrada" Daiane da Silva; "a massagista" Perdita; e "a caçadora" Pequetita, Jorge lembrou da época que Natal era uma cidade tranquila e da infância, quando lia para distrair os mais velhos enquanto debulhavam milho ou feijão. 

Quanto às viagens de Franklin Jorge para Goiás, elas iniciaram no fim da década de 1970, quando a escritora goiana Alcyone Abrahão morava em Natal. "Alcyone escolheu o RN para escrever um livro sobre suas viagens pelo Brasil e acabamos nos tornando amigos", recorda. Alcyone também está entre as personagens de "O ouro de Goiás", ao lado de nomes menos conhecidos, mas não menos interessantes, do público potiguar, como Carmo Bernardes, Amália Hermano Teixeira, José Mendonça Teles e Antônio José de Moura - ao todo são 12 perfis, traçados de maneira bucólica, coloquial e extremamente pessoal.

Entre a dezena de livros publicados, Jorge confessou preferir o diário "Fantasmas Cotidianos"; mas sua grande é "Spleen de Natal" - em francês spleen significa tédio, em inglês melancolia e em alemão estranhamento. Formatado em três volumes, apenas o primeiro foi lançado e duas edições já impressas. A obra fala, sobretudo, da memória da cidade, de uma Natal esquecida, a história por trás da história, a não oficial. "Spleen resgata um cabedal de memórias que acumulei ao longo do tempo, memórias de três gerações."

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