quarta-feira, 22 de maio de 2013

Poesia e subjetividade:representações poéticas do corpo na Escola. Fonte: Google.


GT-21: CAMINHOS DO CORPO
Coordenadores:
Edson César Ferreira Claro
Teodora de Araújo Alves
Departamento de Artes
Local: Sala 19 do DEART
01. CORPOS EM-CENA: UM ESTUDO SOBRE DRAGS QUEENS
Anne Christine Damásio
Departamento de Ciências Sociais/PPGCS/UFRN
O projeto que pretendemos apresentar surge quando da observação participante para dissertação do mestrado, intitulada: Ilhas de Lesbos: uma cartografia do desejo orgíaco feminino em espaços de lazer. Dentro dos espaços que analisamos nos deparamos com sujeitos que transgrediam explicitamente e através do corpo a fronteira construída entre sexo/gênero.  A sociedade como um todo, eivada de representações sociais, irá considerar o corpo sexuado e as práticas sexuais enquanto fundantes no processo de identificação do humano. Ao observarmos  transgênero percebemos que ele desfaz as polaridades e hierarquias, revelando oassujeitamento ao “verdadeiro sexo”, causando claramente um desassossego. A escolha do objeto nos remete, dentre outras coisas, ao questionamento das supostas evidências identitárias, sociais e biológicas. Pois percebemos que é a identidade e nesse caso em particular, a identidade de gênero que institui sua própria imagem.

02. A PERFORMANCE DO CABOCLO DE LANÇA: UM ESTUDO SOBRE A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A PREPARAÇÃO CORPORAL DO ATOR
Maria Cristina da Silva Pereira
DEART/UFRN
Essa pesquisa é uma investigação sobre a performance  corporal do caboclo de lança do maracatu – rural pernambucano. Através do estudo da gestualidade desse personagem buscamos elementos que pudessem contribuir para a formação do ator, mas especificamente na sua preparação corporal. Para efeito da pesquisa, nosso principal instrumental metodológico foi o sistema de analise do domínio do movimento de Rudolf Laban. O material disponível para as nossas observações foram imagens do objeto de estudo disponibilizados em fitas de vídeo e CD Rom.
03. POESIA E SUBJETIVIDADE: REPRESENTAÇÕES POÉTICAS DO CORPO NA ESCOLA
Cynthia Larissa M.  Cortez
Departamento de Pedagogia/UFRN
Teodora Alves/Orientadora/DEART/UFRN
O trabalho aqui inscrito teve início com observações da prática de ensino/estágio com alunos do primeiro ciclo de uma escola pública de Natal/RN. Na referida prática buscamos conhecer em primeiro lugar o aluno e o mesmo conhecer o professor numa relação dialógica em que um não se efetiva sem o outro. A partir de tal experiência, de caráter prático-investigativo,  objetivamos promover/reconhecer a unidade corpo e mente, através do contato com a poesia e seu ritmo. Para tanto, optamos pela ampliação do conceito de poesia como pressuposto para que esse objetivo acontecesse, bem como considerando a corporeidade como expressão e da formação da subjetividade plural e concreta. Nessa ampliação do conceito de poesia encontramos através do diálogo com Morin e outros autores, a necessidade de trazermos para sala de aula uma “hiperpoesia”, a partir da qual outras interrogações vão perfazendo o caminho. Nesse sentido, fizemos tentativas em encontrá-la na poesia em movimento. Seguindo esse caminho, a corporeidade e sua expressão poética foi apresentada na prática, como representação de poemas e estórias trabalhadas com as crianças. De um modo geral, vivenciamos/interpretamos/descrevemos sinais das subjetividades, que demonstraram também o que caracteriza a metodologia da pesquisa-ação como descritiva. Apresentando a poesia como linguagem diversa e de múltiplos canais de expressão, realizamos uma revisão bibliográfica, onde abordamos a questão da poesia como necessidade do jogo social, do mesmo modo que o movimento. Nesse contexto, tivemos a necessidade de trazer a dança, também como jogo social em movimento e como um dos possíveis elos para alcançar a nossa busca pela essência do ser humano, bem como em trabalhar os potenciais humanos de forma lúdica. Trilhando esse caminho descobrimos também a necessidade de o professor rever suas próprias atitudes dualistas, as quais muitas vezes impede um olhar mais efetivo sobre a corporeidade de seus alunos no processo ensino-aprendizagem. O conteúdo vivencial, se apresentaentão como de essencial relevância, para que possamos, "dançar com o poema jogado em sala de aula".
04. O EXPERIMENTO COMO CAMINHO PARA O FAZER DA DANÇA
Emmanuela Regina de Azevedo Costa
DEART/UFRN
Prof Es. Leonardo Rocha da Gama – DEART/UFRN
O Grupo de Dança Experimental (GRUDE) se reuniu pela primeira vez em 1999, com intuito quase espontâneo de fazer dança. Esta fase de ação espontânea foi amadurecendo ao longo desse tempo e deu origem a segunda e atual fase denominada referencialização, nessa etapa o GRUDE passou a buscar o conhecimento no seu sentido lato. Em ambas as fases o experimentar foi o foco das ações, seja no fazer da dança enquanto uma experiência, no sentido estrito, seja na organização do conhecimento que cerca esse fazer e o descobrir de outras linguagens como poesia e teatro. É objetivo desse trabalho apontar os caminhos que constituem o experimentar do GRUDE. Entendemos o experimentar não como uma doutrina, mas, como uma possibilidade para o exercício criativo, uma ação de conhecer, produzir e expandir a linguagem da dança de uma forma coletiva. A importância dessa intervenção se constitui principalmente pelo perfil dos integrantes do grupo: quatro professores de Educação Física e uma arte-educadora da rede municipal de educação, três alunos de Artes Cênicas, um de Música e um de Educação Física, todos da UFRN; juntos buscando além do fazer artístico, ampliar seus conhecimentos e melhorar a qualidade do fazer educativo no contexto escolar e não escolar através do experimento referencializado. O experimento parte da aplicação do conhecimento produzido por Laban, Viola SpolinTchkov e Stanislavsk. Esse estudo é realizado através de uma pesquisa-ação em processo.
05. A DANÇATERAPIA: UM CAMINHO PARA A CORPOREIDADE
Gabriela Olivar de Oliveira Santos
 graduanda do curso de Comunicação Social – Jornalismo, na UFRN, e Tecnologia em Lazer e Qualidade de Vida, no CEFET-RN].
O tema corporeidade sucita discussões bastante pertinentes no que diz respeito ao homem enquanto sujeito (construtor) e objeto (construído) do mundo em que vive. O assunto deve ser explorado e analisado de forma interdisciplinar, já que o entendimento do corpo como matéria e espírito, existência e essência, numa constante dicotomia, só é alcançado com muitas e diversas reflexões biológicas, culturais e sociais. A presente pesquisa acadêmica é bibliográfica e trata especificamente da questão da dançaterapia, uma técnica de autoconhecimento corporal através da dança, como um dos caminhos para se obter a corporeidade em sua essência. O estudo baseia-se, quase totalmente, no trabalho de Maria Fux, profissional da dança e uma das precursoras da técnica. E teve como objetivos específicos caracterizar a dançaterapia; conceituar a corporeidade; analisar a influência da dança na recuperação da auto-estima e na melhora da auto-imagem eautopercepção e analisar a influência da dançaterapia no processo educacional. O estudo despertou grande interesse pelas várias possibilidades que o corpo oferece enquanto discussão fenomenológica, que abrange a filosofia, a antropologia e outras ciências. A relevância pessoal consiste no interesse em aprimorar um repertório sobre práticas de qualidade de vida através da dança. Socialmente, pode vir a ser uma vertente para futuras pesquisas que desejem se aprimorar mais na temática da dançaterapia enquanto caminho para a corporeidade, já que o seguinte trabalho não constitui uma análise tão profunda do tema. Concluiu-se que a dançaterapiaé um caminho para o entendimento do corpo na medida em que, com os próprios movimentos, o indivíduo percebe-se e percebe também seu ritmo, sua essência, seu interior e sua subjetividade. A corporeidade vem de encontro à dualidade sensível/inteligível imposta, principalmente na sociedade ocidental, e reafirma o homem como tendo um corpo que pensa, sente, reage, dança, movimenta-se, vivencia o lúdico e, vale ressaltar, cria símbolos e significados, deixando marcas para a construção da posteridade, e isso não de forma segmentada, mas constantemente inter-relacionada.
06. CORPORALIDADE: REPRESENTAÇÕES E SEXUALIDADE DO CORPO FEMININO
Maria das Dores Honório
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais/UFRN
Esta comunicação apresenta pesquisa em andamento que tem como objetivo investigar a construção de representações de corpo e sua relação com a sexualidade, em adolescentes de 14 a 17 anos, do sexo feminino, de camadas populares. Partindo da concepção de corpo como uma construção cultural e social específica de cada cultura, sociedade e/ou classe social, pretendemos investigar essa construção, localizando significados/representações do corpo e sua relação com a sexualidade enquanto linguagem na construção de gênero.
07. UM OLHAR PARA AS RAINHAS DRAGÕES
Pedro Vieira da Costa Filho.
Departamento de Antropologia da UFRN.
O ovo da Rainha Dragão é meu trabalho acadêmico na graduação em antropologia (urbana e visual). Nele descrevo os seres andróginos de hábitos noturnos. O interesse dessa pesquisa é dar visibilidade, principalmente, às drag queens. Andando pelas boates e eventos gay deste 2000, capto imagens através de fotografias, em Natal. Focalizo na observação e descrição dos signos e comportamentos que os caracterizam enquanto tribos urbanas. Esse movimento crescente existente hoje em dia, se dá pelas aberturas em vários meios sociais, artísticos e políticos mundiais. Na pesquisa exponho a visualidade drag, com suas características específicas. Defendo o ser drag queen enquanto uma produção de arte, com peculiaridades nas modalidades do teatro, da dança e das artes visuais, conectado com o mundo da moda e da criação artística. O que mais me chama a atenção são as drags com a tendência top model de ser: cabelos, roupas e maquiagens inspiradas nas modelos e coleções das famosas passarelas. Ao mesmo tempo em que, também, lançam formas de ser e de se produzir pois ousar e criar é o tema das drags.
08. COMUNICAÇÃO SEM LIMITES: A CORPOREIDADE DO ATOR COMO EIXO DO PROCESSO CRIATIVO NA MONTAGEM DO EXPERIMENTO TEATRAL “COMO ANJOS”
Sandro Souza Silva
Departamento de Comunicação Social /UFRN
Teodora Alves/Orientadora/DEART/UFRN
As transformações culturais que emergiram solidamente no século XX, dentre outros fatores, limitam a compreensão do fenômeno da comunicação humana aos meios tecnológicos de transmissão de informação de massa. "Estes meios são tão poderosos e importantes em nossa vida atual que às vezes esquecemos que representam uma mínima parte de nossa comunicação total" (BORDENAVE,1982, p.18). Mas o que seria essa comunicação total? Como pensar o homem através da comunicação? Podemos nos remeter a um enorme número de signos, que originam diversas formas de linguagens e que expõem um universo comunicacionalirrestrito que não deve ser confundido nem limitado pela lógica capitalista do lucro e do consumo. Na contemporaneidade, existe um culto ao corpo que exalta, em primeiro lugar, a estética e o padrão de beleza mistificado pela sociedade. Este trabalho apresenta a possibilidade de um encontro com uma visão diferenciada a respeito do corpo e da comunicação humana através do teatro. Encontrei nas raízes do trabalho do ator uma descoberta da corporeidade humana que vem das heranças culturais e se estrutura como técnica teatral, explorando a comunicação de diversas maneiras e possibilitando repensá-la e vivenciá-la de forma ampla e direta. A pesquisa traz uma discussão que parte da realização de um experimento teatral cujo foco principal foi o trabalho de ator, baseado em estudos a cerca da Antropologia Teatral de Eugênio Barba e de autores contemporâneos como ArtaudGrotowiskBurnier e Ferracine, que propõem uma criação cênica a partir da corporeidade humana, buscando uma energia e presença capaz de transmitir verdade e “vida” em estado de representação.
09. MEXE-MEXE: DAS BRINCADEIRAS DE CRIANÇA ÀS PRÁTICAS TEATRAIS
Weid Sousa da Silva
Departamento de Artes/CCHLA/UFRN
Este projeto, ainda que inicial, trabalha com as crianças do Curso de Iniciação Artística – CIART/EMUFRN, de faixa etária entre 06 e 10 anos, a partir de brincadeiras pertencentes as suas cultura e realidade, para a partir deste contato com elementos próprios e/ou conhecidos delas, perceberem o teatro e suas linguagens. É necessário que a criança se perceba e não entre em “amarras e couraças” que venham sofrer pela sociedade, diante desta situação, a escola torna-se um dos lugares mais propício para esta percepção, por ter contatos, principalmente, com crianças outras crianças, e é neste espaço lúdico que ela pede para ser livre, poder se expressar e pensar como criança, percebendo seu corpo e suas sensações. Acredito que as brincadeiras são formas lúdicas de socialização e quebra de rotina já estabelecida na vida destas crianças, além de liberta-la corporalmente, sendo assim mais fácil aderir ao processo teatral, aguçando sua sensibilidade para a vida.
10. O ESPETÁCULO DOS ``METALEIROS´´ EM FORTALEZA: CENÁRIOS E ENCENAÇÕES CORPORAIS
Abda de Souza Medeiros
Universidade Federal do Ceará
A apresentação trata da relação entre o rock pesado e o estilo corporal (gestos, adereços e vestimentas) a partir da pesquisa realizada com duas bandas de Fortaleza que estão agregadas à Associação Cultural Cearense do Rock (ACR). A pesquisa foi iniciada em maio de 2001 e se concluída em novembro de 2004. O trabalho de campo consistiu em idas a shows das bandas, observação e registro das apresentações, participações nas reuniões da ACR, conversas informais e entrevistas com os integrantes das bandas. Os resultados da pesquisa mostraram que o corpo é por eles utilizado como extensão da música à qual se dedicam e que conformam um estilo de vida próprio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário