domingo, 31 de agosto de 2014

E o mistério continua...

domingo, 31 de agosto de 2014



Saint Exupéry 70 anos

José Eduardo Vilar Cunha

Jornalista e escritor


Ocasionalmente em duas oportunidades me aproximei da história a respeito de Saint Exupéry.  A primeira vez foi quando me dirigia para a famosa praia de Saint Tropez que, nos anos 60 ficou conhecida por ser moradia de Brigitte Bardot e, por causa do horário do le bateau, pernoitei em Saint Raphael, Côte d’Azur que é uma estância balneária da Riviera francesa, inserida numa belíssima enseada repleta de embarcações. Durante o tempo que passeava pela parte antiga da vila fui informado que havia uma exposição da Aéropostale. A segunda vez que aconteceu esta aproximação foi em Vichy, a capital do Estado Francês nos anos 40–44, período este, considerado obscuro na história francesa. Atualmente Vichy é procurada para o uso terapêutico das suas águas termais.

 O jornal “La Montagne” que circula na région de Auvergne, em Jeudi 31 Juillet 2014, informava da comemoração dos 70 anos do seu desaparecimento, visto que, em 31 de julho de 1944, Saint Exupéry, numa missão de reconhecimento fotográfico, desapareceu pilotando P38 Lightning  F-B5 num voo sobre o mediterrâneo, nas proximidades de Marseille.

Na exposição em Saint Raphael pude observar que Pierre-Georges Latécoère fundou em Toulouse - Montaudron a Lignes Latécoère em 1918, que em seguida passou a ser Compagnie Générale d’Entreprises Aéronautiques, C.G.E.A. em 1921, posteriormente, Compagnie Générale Aéropostale em 1927 e por fim, Air France 1933.

A história que lhes conto começa quando Saint Exupéry ingressa como piloto da Aéropostale, justamente com Mermoz e Guillaumet voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar. Nesta mesma época ele publica seu primeiro livro L’Aviateur e os seguintes, Courrier Sud em 1929 e Vol de Nuit, 1931.

Após o armistício de 1940 quando a França e a Alemanha acertaram o cessar fogo, Saint Exupéry viaja para Nova York e em 1943 publica “O Pequeno Príncipe” alcançando sucesso internacional.

Ainda, em 1943, Saint Exupéry retorna ao antigo esquadrão 2/33 da Força Aérea da França Livre, permanecendo em uma base na Córsega. Todavia, é numa das missões de averiguação que o seu avião desaparece, sem deixar vestígios, naquela data fatídica, 31 de julho de 1944.

Muitas hipóteses são aventadas sobre a autenticidade do aparecimento da pulseira encontrada por um pescador com identificação ANTOINE SAINT EXUPÉRY, em 1998. Contudo, em 2000 os destroços do avião P38 Lightning F-B5 foram encontrados ao largo de Riou, Marseille, sendo identificados pelo número de série da aeronave. Segundo consta em relatos as peças restantes encontradas do avião estão no museu do Ar e do Espaço de Bourget.

Um enigma permanece neste sinistro, o corpo de Saint Exupéry nunca foi encontrado.
Jornal de  Hoje de 30.08.2014

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

domingo, 17 de agosto de 2014

Poetisa natalense




PALMIRA WANDERLEY
Jurandyr Navarro
Do Conselho Estadual de Cultura
Habitou em Natal do nascimento à morte - 06/08/1894 a 19/11/1978, uma moça loira, olhos verdes, de alegria contagiante, descontraída e inteligente. Pertenceu a um ramo familiar de senhoril nobreza cultural. Em plena adolescência uma fada cingiu-lhe a fronte rosada com uma grinalda de flores - a coroa da Poesia, por ela ostentada a vida inteira.

O seu verso mereceu elogio entusiasta do "Príncipe dos Poetas Brasileiros" - Olavo Bilac. E Tristão de Atayde reconheceu nela:


"O maior poeta feminino do Nordeste".


O seu livro, “Roseira Brava”, editado no Recife, em 1929, recebeu o "Prêmio de Poesia" da Academia Brasileira de Letras.

Foi a sua consagração literária.

Projetou-se, também, na imprensa, sendo a primeira jornalista do Estado, colabo­rando em jornais de Natal - "A República"; 'Tribuna do Norte"; "Diário de Natal (da Diocese); "Diário de Natal"; Rio de Janeiro: "A Imprensa", "A República"; "A União"; em São Paulo, nas Revistas "Feminina" e "Moderna"; na Bahia: Revista "Paladina do Lar"e em Fortale­za na Revista "Estrela".

Das poetisas da terra que lhe deu berço é a sua Prosa a mais abundante e elo­quente, na expressão, de nossa literatura. O seu escrito datado de 1925, intitulado, "De Joelhos", sobre ser um verdadeiro poema em prosa.

A sua poética foi outrossim elogiada por Câmara Cascudo, Olegário Mariano e Múcio Leão.

Dedicou-se, também a outro cenário cultural - o Teatro. Para ele produziu peças e operetas.

Foi, Palmyra Wanderley, na sua época, considerada uma espécie de "poetisa ofi­cial" de Natal. (Duarte e Cunha - 2001).

Autora de peças teatrais, conferências, era declamadora em festas fechadas, ani­versários e em solenidades públicas.

A sua primeira obra, intitulou-a – “Esmeraldas”.

Inéditos deixou: “Neblina na Vidraça” (versos); “Minha Canção Auriverde” (versos); “Panorama Histórico” (prosa e verso); “O Sonho da Menina sem Sonho” (teatro); “Vidro de muitas Cores” (crônicas); “Rosa Mística” (versos); “Contos e Lendas de Tia Nenen”; Dis­cursos e Conferências”; “Madame Laiseus”; “A Dama do Século” (conferência); “Sutilezas Femininas”. (Duarte, Cunha -2001).

Palmyra Wanderley foi Sócia fundadora da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, por convite pessoal de Luís da Câmara Cascudo, o seu idealizador.

Os dotes intelectuais, não eram somente eles, as qualidades eleitas da sua perso­nalidade altiva. A alma sensível ao encanto da Arte, fora atraída, desde a infância, pela chama da Fé; iluminadora chama da sua inspiração poética. E católica fervorosa, que foi, uma vida inteira, espargia afetos, cordialidade e entusiasmo, sendo afável e dotada de altruísmo, dando conselhos de esperança, a bela virtude teologal.

Teve ela uma existência cheia de simplicidade, ornamento maior do seu espírito cristão.

O seu encanto, como pessoa humana, tornou-a querida e conceituada em nossa sociedade.

Tendo sido considerada das mais cultas do Brasil, em seu tempo, a poetisa, Palmyra Wanderley França, afirmou-se como uma das proeminentes mulheres intelec­tuais do Rio Grande do Norte.

Em 1944, com o falecimento, aos 39 anos de idade, do nosso santo e sábio, devotou-lhe o soneto abaixo:



“NO CAMPO SANTO


À memória de Padre Monte



Aqui repousa o sacerdote angélico

De consciência pura e alma serena...

Aqui sossega o sábio no evangélico,

Tão grande em sepultura tão pequena


Aqui descansa o padre humilde, o célico,

O manso e bom. Pastor de doce avena...

Aflorava em seu riso triste e mélico,

A indiferença à sedução terrena.


Da vida amarga espinhos dissipava,

Jardineiro das almas procurava

De perfumes celestes embebê-las...


Mãe desolada, enxuga o pranto aflito

Que o teu filho, nas dobras do Infinito,

Foi celebrar a missa das estrelas.”

sábado, 16 de agosto de 2014


NÃO CHORES POR MIM, ARGENTINA
Por: GILENO GUANABARA, sócio efetivo do IHGRN

As televisões transmitem para o mundo a crise financeira da Argentina. A roda-viva me devolveu alguns fios da memória, quando, para mim, Buenos Aires era a imagem de um mundo romântico que cantava as dores esquisitas pela morte de Carlos Gardel. Visitei Buenos Aires depois, um pouco de suas ruas, o burburinho de sua gente elegante, a grandiosidade da Avenida 9 de julho e o Obelisco, centro e símbolo da capital portenha. Conheci livrarias, o cemitério que agasalha os restos mortais de Evita, o recanto boêmio “Camenito”, suas praças e o Bairro do Boca. Foi assim, como sói ocorrer com outros visitantes. A Argentina para mim deixou de ser tão somente o ritmo malevolente de um tango, ou o som plangente de um bandoneon executado por Piazzola, sem menoscabo de outras facetas de sua musicalidade. A par do enlevo da visita fui tomado por um sentimento de tristeza. Surpreendi-me ao ver pessoas postadas indiferentes nas calçadas. Eram os descamisados, inúmeros, de cabelos loiros e olhos azuis, dirigindo uma súplica, em troca de um agradecimento antecipado, rabiscado num papel: Estoy a pedir su ayuda. Gracias.

A História recente dos países da América Latina é bastante significativa face a trajetória no que tinha de assemelhado com a Argentina. A pujança de sua economia se retratava na robustez de sua escolaridade, cultura e de suas transações mercantis. O potencial econômico do Mar del Plata e as exportações de carne e trigo a fizeram a sexta economia mundial, passando ao largo de crises periódicas do capitalismo industrial. Tempo em que, na cidade de Buenos Aires, o número de livrarias e de escolas em funcionamento era superior às existentes em todo o território do Brasil. Ao se iniciar o século passado, Buenos Aires já tinha em funcionamento o seu Metrô de passageiros, serviço só compatível em cidades como Moscou, Londres, Paris e Nova York.

O declínio intermitente da Argentina perpassa obrigatoriamente pelo Peronismo que dominou inconteste o país durante a primeira metade do século XX. Como lá, o populismo político se alastrou nos demais países da América do Sul, gerando líderes carismáticos e um modelo conservador, em tudo assemelhados, tais as diferenças regionais. Peculiar no Brasil, o trabalhismo de Getúlio Vargas caminhou para substituir a fórmula até então hegemônica da economia ruralista, cooptando lideranças regionais, impondo uma economia urbana pré-industrial e revisando a economia artesanal. A partir dos anos de 1950, consagrou-se um parque industrial na Região Sudeste, mais especificamente em São Paulo, que se tornou polo da indústria metalúrgico/automotiva e se impôs com reflexo nas demais regiões do Brasil. O setor agropecuário permaneceu ativo, embora fragilizado diante das crises, submetido às vacilações do mercado e ao amparo crescente de recursos governamentais.

O ciclo populista na Argentina foi mais perverso, exatamente por não ter incorporado com rigor novas vias de desenvolvimento, a par do seu potencial, ao final da Segunda Grande Guerra. Se a economia mundial se reciclara, a nova política de exportação de comodities exigia novos influxos econômicos, que não foram viabilizados convenientemente. De herança mais consistente ao populismo, a incapacidade política do modelo consagrou, fortalecendo o vínculo mais fácil de convencer a massa trabalhista, que, em sua maioria, mesmo sendo politizada, se partidarizou, favorecida com a concessão dos pleitos salariais, exatamente quando o aguçamento da crise vez por outra a atingia. A abundante riqueza oriunda da fase áurea da exportação serviu para abastecer por muito tempo a máquina estatal, a corrução e a engrenagem dos burocratas, o partido peronista e o sistema policial/militar repressivo, apto contra as turbas assalariadas, desenganadas nas horas de crise.

Em a História não se repetir, salvo como tragédia, o retorno político de Peron ao governo, sem novidade, na segunda metade do século passado, aprofundou ainda mais a crise que corroía a Argentina. Repetiu-se a tragédia anunciada, quando da morte de Evita, em 1950. O Peronismo sozinho não tinha mais forças para governar e, afinal, com a morte do líder, restou associar-se a milongueiros carreiristas. Em consequência da morte de Peron, uma nova Evita ascendeu ao poder, sem forças políticas de apoio, sem envergadura e a economia encolhendo em pedaços. O populismo na Argentina deu seus últimos suspiros. A ditadura dos generais resultou o final do ciclo da decadência. Eis a fase pós-peronista, de truculência fascista contra os jovens, de inoperância governamental, de revolta popular e do desespero pela retomada das Malvinas.

 Os demais países da América do Sul tiveram com o final da experiência populista a implementação de ditaduras militares. Restaurado o regime democrático, raríssimas foram as economias regionais que tinham fôlego para se restabelecer por si. A Argentina não tinha líderes nem projetos de futuro. As Mães de Maio invadiram as praças à procura de seus filhos perdidos e por explicações do passado que não esquecem. A inflação instigou os panelaços. Nascia o simulacro de um novo peronismo.

O lamento/canção Don’t cry for me Argentina, na voz de Madonna, no início da trilha sonora do filme de igual nome, não nos conforta: Será difícil de compreender?.. É fidelíssimo à realidade da vida. Confirma-se a conjunção maldosa de política e família, carisma e populismo de Estado, militarismo, corrução e inflação, em passos de jabuti, e na direção da derrocada do país, até o quadro grave a que chegou.

Desde Adolfo Rodrigues Saa (2001), até o contorcionismo do atual ministro da Economia; de Carlos Menen e outros, aos governos da família Kistchner, diante de credores impolutos, pouco nada resta a contratar, tantas foram os débitos, até a submissão às garras insensíveis dos fundos abutres. Não há Peron, não há outra Evita, a mãe dos pobres, nem Isabelita, para aplacar os rigores do frio que atravessam os Andes e pairam avassaladores sobre sua gente. A Argentina irá se redimir, mais cedo ou mais tarde.  
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sábado, 16 de agosto de 2014

Viagens longas exigem atenção mais apurada.

O bálsamo cultural aliviando nossa passagem terrena

  

15 de agosto de 2014 20:53


Por Flávio Rezende*
 
Toda viagem agrega uma série de acontecimentos. As mais comuns, que carregam nosso ser em deslocamentos curtos e locais, exigem apenas pequenas providências e, muitas delas, são realizadas praticamente no piloto automático, uma vez que ficamos tão condicionados aos roteiros repetidamente utilizados, que os seguimos sem nem mesmo pensar a respeito das curvas e sinalizações existentes.
 
As viagens mais longas exigem atenção mais apurada, posto que nos remetendo ao novo, pedem um olhar mais atento, uma mala que substitui o guarda-roupa e vigilância para evitar que os malfeitores se interponham em nosso roteiro, transformando o bem bom num baixo astral daqueles.
 
Tenho viajado bastante, colocando em prática real aquela música dos Novos Baianos que em bela letra revela, “vou mostrando como sou e vou sendo como posso, jogando meu corpo no mundo, andando por todos os cantos e pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto e passo aos olhos nus, ou vestidos de lunetas, passado, presente, participo sendo o mistério do planeta...”.
 
Num desses deslocamentos, nem tão automático e nem tanto vigilante, fui bater na bela praia da Pipa, pertinho de Natal, recanto que albergou parte de minha juventude, onde maconha, surf, comida enlatada, água de coco e cerveja gelada, eram tão presentes quanto o sol e as moças bonitas, numa mistura emoldurada por rock progressivo e MPB e que deixou até hoje, boas recordações de um tempo muito interessante e bem curtido.
 
Neste deslocamento pude presenciar e participar graças à bondade da amiga Yanna Medeiros, do Festival Literário da Pipa, conhecido como Flipipa. Foi puro encantamento. O desfrute da pousada Bicho Preguiça com Deinha e Mel, o banho de mar, o passeio pela rua principal e, o êxtase de ouvir palestrantes, bebendo cultura e me alimentando de conversas paralelas de teor literário, reavivaram em meu ser, o grande e fantástico prazer das coisas culturais, dando novo ânimo a minha vida e imantando potente satisfação a meu viver.
 
Ouvir pessoas interessantes, falando de coisas legais, sorrir internamente em prazeroso gozo de absorção de saberes, é uma coisa extraordinária, mostrando mais uma vez para este escrevinhador, o quanto é importante e necessário este processo nutricional de alimentação cultural, tão salutar quanto as demais formas de sobrevivência, tais como respirar e comer, uma vez que um ser sem o usufruto da informação que edifica, é um ser sem essência, ficando faltando algo, como se sem alma passasse por sua existência material.
 
A praia da Pipa vai nos brindar novamente com esse tipo de alimentação, agora na incrível área da música, aquele setor onde essa nutrição essencial adquire igual potência. Lá vai ocorrer, de 21 a 24 deste mês de agosto, o Fest Bossa & Jazz, tão bem organizado pela amiga Juçara Figueiredo, que promete colocar no palco gente muito boa do jazz como Street Band, Ricardo Silveira Quarteto, Mark Rapp Quartet, Rogério Pitomba, Nuno Mindelis, Camila Masiso, Marcos Valle, Roberto Menescal, Glen David Andrews Band, Sambossamba & Blues, Jaques Morelenbaum & Cello Samba Trio e o Eric Gales.
 
Gente da qualidade de Dácio Galvão, Juçara Figueiredo, Yanna Medeiros e outros produtores e fomentadores culturais da cidade como Marcelo Veni, Diana Fontes, Zé Dias, Gustavo Wanderley, Zelma Furtado, Toinho Silveira, Candinha Bezerra, Jomardo Jomas, Daniel Rezende, Margot Ferreira, Claudia Soares, Alexandre Dunga, Jorge Elali, Abmael Silva, Carito Cavalcanti, Rodrigo Cruz, Alexandre Barros, William Collier, Ivonete Albano, Buca Dantas, Daliana Cascudo, Civone Medeiros, Laumir Barreto, Carlos Fialho, Marcílio Amorim, Cinthya Lopes, Yuno Silva, João Hélio, Fernando Mineiro, Hugo Manso, Neiwaldo Guedes, Franklin Jorge, Conrado Carlos, Marcos Sá de Paula, Marília Sá, Chico Guedes, Véscio Lisboa, Rejane Souza, Nalva Melo e Jeane Bezerril, entre tantos outros que me anistiem pela falta de memória momentânea, além de entidades culturais, deveriam ser reverenciados, uma vez que fornecedores de alimentação da melhor qualidade para nossas vidas tornam as passagens por estas paragens mais interessantes e agregam valor de alto nível ao nosso existir terreno.
 
Quando escolhemos um destino para jogar nossos corpos, se nele estiver inserido o item cultura, pode colocar no automático e relaxar quanto à segurança, certamente você vai levitar e no fim achar, que valeu a pena ter estado ali para viajar numa fina estampa de alto valor espiritual, carnal e emocional.
 
*É escritor, jornalista e ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)


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Postado por AssessoRN - Jornalista Bosco Araújo no AssessoRN.com em 8/15/2014 09:53:00 AM

sábado, 9 de agosto de 2014

UBE/RN faz 50 anos em prol da cultura.

UBE/RN : 55 ANOS EM DEFESA DA CULTURA

Texto: Eduardo Gosson*


Nesta quinta-feira, dia 14 de agosto de 2014 faz 55 anos de fundação da UBE/RN. Cronologicamente, somos a 4ª entidade mais antiga (1ª – IHGRN;2ª -ANL  3ª – ICOP E 4ª - UBE  Vejamos um pouco desta história:
1ª fase. A  idéia partiu do jornalista, escritor e magistrado Edgar Barbosa durante a Semana de Estudos Euclidianos, promovida em Natal/RN, com o apoio de diversas instituições. Na histórica reunião de 14 de agosto  de 1959, às 20h50, no IHGRN com a presença do escritor Umberto Peregrino,  Aldo Fernandes, Edgar Barbosa,  Alvamar Furtado, Grimaldi Ribeiro, Dióscoro Vale, Raimundo Nonato e Manoel  Rodrigues. A diretoria aclamada para a organização da UBE – Secção do  Rio Grande do Norte – ficou assim constituída: Raimundo Nonato – Presidente; Manoel Rodrigues de Melo, Vice-Presidente e Afonso Laurentino – Secretário . Essa Diretoria Provisória preparou o Estatuto e organizou o processo eleitoral em  14.11.1959, três meses depois, sendo eleitos os seguintes escritores para o biênio 1960/1961:
(1ª Diretoria)
Raimundo  Nonato da Silva, Presidente;  Paulo Viveiros, 1º Vice-Presidente; Manoel Rodrigues de Melo, 2º Vice-Presidente; José Saturnino de Brito, 3º Vice-Presidente; Afonso Laurentino Ramos, Secretário  Geral; Berilo Wanderle, 1º Secretário; Leonardo Bezerra, 2º Secretário; Antídio de  Azevedo, 1º Tesoureiro; Jaime dos G. Wanderley, 2º Tesoureiro.
Conselho Fiscal: Câmara Cascudo,Edgar Barbosa , Alvamar Furtado, Esmeraldo Siqueira e Américo de Oliveira Costa.
Vogais: Antônio Soares Filho, Vingt-un-Rosado,  Jurandir Barroso , Zila Mamede e Veríssimo de Melo.
Através de um Comunicado endereçado ao Presidente da UBE nacional , escritor Peregrino  Júnior, datado de 19.11.1959, o presidente da UBE/RN, escritor Raimundo Nonato da Silva  comunica da eleição da 1ª diretoria da entidade, bem como solicita a filiação da UBE/RN à UBE, com sede no Rio de Janeiro.
Em  21.01.1960 foi fundada uma sub-seção da UBE/RN: Jaime Hipólito Dantas, João Batista Rodrigues, Vingt-um Rosado e Manoel  Leonardo Nougueira.
Outra curiosidade: o Estatuto tinha 3 tipos de sócios:1. Sócios Efetivos (fundadores e efetivos). 2. Sócios Honorários e 3.  Sócios Beneméritos.
2º fase. Inicia-se com a vinda de Fagundes de Menezes em 16.11.1984,   no Salão dos Grandes Atos da Fundação José Augusto, na presença de  18 intelectuais. Curioso notar que a escritora Zila Mamede  participou das duas fases, sendo inclusive  Vogal da 1ª Diretoria da UBE (1960/1961) e sócia fundadora na segunda fase. Outra curiosidade: Dom Nivaldo Monte também participou das duas fases.
3ª fase. Inicia-se em 23 de março de 2006 com uma reunião de reorganização, na sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, contando com a presença de 8 escritores:   Anna Maria Cascudo Barreto,Carlos Roberto de Miranda Gomes. Eduardo Antonio Gosson, Lívio Oliveira, Pedro Vicente da  Costa Sobrinho, Nelson Patriota,  Manoel  Onofre de Souza Júnior e Racine Santos.
 
Lívio Oliveira (2006-2007
) ficou à frente da entidade por um ano e oito meses quando, por motivo particular, renunciou ao cargo. Por aclamação Eduardo Gosson assumiu a Presidência da Diretoria Provisória consolidando a entidade em definitivo (2008-2009). Após o registro da entidade, foi eleito para presidir a UBE no biênio (2010-2011) e reeleito para o biênio 2012-2013.Em novembro de 2013  foi eleita a chapa A UNIÃO FAZ A  FORÇA, tendo sido eleito o poeta, filósofo e professor Roberto Lima de Souza para o biênio 2014-2015.




Parabéns aos colegas, pelos 55 anos da UBE/RGN.
Eis minha homenagem a todos os colegas:


Carlos Costa.

ESCREVER É UMA ARTE; SOMOS  ARTISTAS!


Homenagem do DIA DO ESCRITOR


Escrever é uma arte e o escritor é um artista que precisa ser melhor entendido, lido, aceito e compreendido em seu universo criador!

O escritor, é o que transporta sentimentos para o papel e fazer pensar ou  emocionar pessoas. Depois, ele próprio se emocionar com a emoção dos leitores ou se divertir com os comentários escritos que recebe, ou orais que terá ao longo do tempo, muitos suaves ou ácidos e agressivos demais! O escritor só escreve e não o faz para agradar ninguém!

Mas, ser um escritor, exige muita leitura e pesquisa porque na cabeça do escritor pulsam ideias aos turbilhões e ele só se satisfaz quando as vê publicada de alguma forma, em algum lugar.

Os pensamentos e ideias de um escritor pulsam freneticamente e vão se transformando em palavras que surgem na tela do computador, brotam em forma de letras de uma caneta como fosse uma mágica ou soltam tristes ou alegres de dentro do táblet ou de uma simples e ultrapassada máquina de datilografia, (que já foi MINHA AMANTE no passado), que pulsa tanto quanto o coração do ansioso escritor, para ver seu texto finalizado.

Escritores são escritores simplesmente e não há como entendê-los completamente, porque sempre deixarão mistérios a serem contados, pesquisados, narrados e escritos porque deixam pegadas nas entrelinhas de seus pensamentos, os caminhos a serem percorridos por outros escritores. 

De uma forma ou de outra, escrever é uma arte e o escritor é um artista. Todos somos artistas, só que uns mais e outros menos. Há escritores que se manifestam por metáforas, outros por filosofia, mas todos são seres humanos que se escondem por trás das personagens que criam. 

O escritor é aquele que pinta com tinta colorida da imaginação as cores em preto e branco que vê, porque o mundo lhe oferece de graça, como se fosse um papel para desenhar. O escritor é um observador atento da vida, mudanças, costumes e das mazelas que o mundo lhe oferece, mas poucos percebem que tudo está posto, só precisando de cores fortes ou fracas pela habilidade do escritor/pintor. Também as cores podem ser bem-humoradas ou cheias de tristeza, dependendo estado de espírito de quem as pintará. O quadro pode sair cheio de vida ou de melancolia Esse é o escritor!

O escritor é que consegue transformar desgraças em poesias. Bombas que destroem casas e, no meio dos escombros, ainda conseguir ver rosas brotando onde ninguém imaginaria que pudesse existir vida, quando mais uma rosa! O escritor é assim. Quanto mais for a desgraça, mais o escritor tentará transformá-la em vida com sua imaginação que voa livre, leve e solta! Não há limites para o escritor! Do nada ele faz o tudo e do tudo, constrói um universo para a pessoa viajar pelas páginas de suas obras, sem ter que pagar ingresso

O escritor é o quem consegue ver, sentir e viver a dor dos outros como se fossem suas próprias dores, explodindo essa dor como uma bomba em forma de protesto em um texto, uma crônica, um romance. Ser escritor é construir esperanças em meio a todas as desgraças.

Escritor produz frenética e compulsivamente todos dias, mais pelo prazer de exercitar a mente debilitada e muito manipulada desde 2006, como eu! Escrevo para externar meu pensamento e dividi-lo com os leitores. Gosto de receber comentários, que são as ações e reações dos leitores. Não serei unânime nunca. Tenho ideias polêmicas, mas as exponho com tranquila responsabilidade.

No Dia do Escritor, quero referenciar à memória de Danilo Du Silvan,  que me fez poeta e foi premiado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa, com sua obra fantástica O MAR DE SARGAÇOS. Danilo não viveu para ver minha transformação em cronista. Também estendo meu agradecimento sincero a todos os escritores que Deus os chamou para criar e escreveu para Ele no céu, entre eles Ariano Suassuna, que não esperou seu dia acontecer, partindo antes.

Mas será que no céu existe computador, máquina de datilografia, internet, tablet, essas coisas que os escritores usam hoje para expor seus pensamentos e colocá-los  no papel, como pensam? 

Dentro de todos os escritores, reside uma pessoa humana e por trás do ser humano, vive uma personagem anônima de sua própria história a ser contada depois, pelos pesquisadores. 
 









quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Surpreendentes leitores

Publicação: 06 de Agosto de 2014 às 00:00 | Comentários: 0
Fonte: Tribuna do Norte.
Nivaldete Ferreira*

Ficar a pé tem me trazido ótimas surpresas. Primeiro, foi um moço dono de um bibliotáxi. Ele pendura uma sacola com livros atrás do seu assento e explica: “Quem se interessar pode ir lendo enquanto chegamos ao destino. Aliás, tenho um sonho: publicar um livro com histórias de passageiros. Sou doido por livro”. Disse que tem graduação, mas que não conseguiria se adaptar a um trabalho numa sala fechada. “Gosto de falar com as pessoas, de movimento, e trabalhar como taxista me realiza”. É cadastrado no Easy Taxi e acho que se chama José. Acrescento um sobrenome por minha conta: José Gentil Amante dos Livros e Feliz da Silva.   

Há dois dias conheci outro leitor, do qual jamais desconfiaria: o senhor Alberto, mecânico de uma revenda de automóveis em Natal.  Ele percebeu que havia um livro (“Amrik”, de Ana Miranda, que recomendo) no carro que deixei lá para um ajuste. Quando foi me explicar alguma coisa ligada a um certo sensor, aproveitou para me abordar: a senhora gosta de ler, não é? Mal respondi, ele foi relatando sua história de leitor. Contou que, bem jovem, foi para Belo Horizonte tentar um trabalho e se hospedou na residência de uma parenta. Para seu espanto, havia caixas e mais caixas de livros na sala da casa. A parenta explicou: “Meu marido mandou imprimir 3 mil exemplares do livro de poesia que ele escreveu, agora está tudo aí encalhado”. Alberto empolgou-se, ofereceu-se para ir com o poeta às escolas. O plano: o poeta leria alguns poemas para os alunos e deixaria lá um número x de exemplares para venda a preço simpático, depois retornariam para conferir o resultado. Aos cuidados desse brilhante assessor e companheiro, o autor acabou esgotando a edição! Daí para a frente, Alberto tornou-se  leitor  de autores como Nietzsche e Balzac, e aprecia muito Jorge Amado e Lya Luft. Disse que já leu em torno de 4 mil livros e que sua grande felicidade é quando está na livraria de um shopping ou quando retira livros da Biblioteca Pública. E desabafou: “Só fico triste porque não posso adquirir os livros que gostaria”, mas se deu por um homem feliz: “Nunca precisei de remédio. Calmante? Nem ver. Ler me deixa muito bem”. Pois é, dois homens apaixonados pela leitura e desenvolvendo trabalhos pouco estimuladores dessa prática, mas o que os move é mais poderoso: é o desejo de ampliar os limites da compreensão do mundo, da vida. Na verdade, bem poderiam fazer palestras nas escolas. Até por serem leitores espontâneos talvez inspirem mais empatia nos estudantes do que... nós outros, que publicamos livros e temos lá nossos cacoetes de leitores “profissionais”. Aliás, os encontros literários bem poderiam, eventualmente que fosse, convidar esses e outros anônimos maravilhosos para falar sobre leitura. Afinal, pergunta óbvia: o que seria dos autores sem os leitores?... O leitor é a outra metade do escritor. Não importa se na pele de um taxista ou de um mecânico.

*Nivaldete Ferreira é professora aposentada pelo Departamento de Artes da UFRN. Autora de livros de poesia, literatura infantil, romance e teatro.

domingo, 3 de agosto de 2014

domingo, 3 de agosto de 2014


NA VIDA TUDO É POESIA



O QUE PODIA TER SIDO... E O QUE NÃO FOI.
            Ciro José Tavares.

Como Prometeu devias ter agrilhoando-me e não fizeste.
Ter atado meu corpo ao flamboyant que nos acobertava,
ao estender os galhos sobre o muro frontal de tua casa.
E como não fizeste eu fugi através de mares e desertos,
semelhante ao cometa  vagando sem destino na amplidão.
Eu podia ter orientado meu rumo nos olhos de minha mãe,
que, ao saber de ti, refulgiram como estrelas e eu não quis.
E porque não quis atormentam-me saudades do flamboyant,
aparando o sol nas manhãs e noturnas réstias das alvas luas.
Lembro como abrandavas o meu desassossego. Nas palavras
mansas, na ternura do olhar, nos doces  gestos de uma santa.
Tinhas a graça da mulher medieval que encantava trovadores,
e por que não me aprisionaste nas ameias do teu castelo?
E porque não fizeste, o pássaro vadio voou sem direção e pouso certos.
Nas asas os estigmas de Byron e Shelley plantados pelos deuses.
Agora que nada resta entre nós dois estou encarcerado nas lembranças,
de tudo o que podia ter sido ...  e o que não foi.

sábado, 2 de agosto de 2014

A verdade é (uma virtude) um hábito...

“Em mundo que se fez deserto temos sede de encontrar companheiros”
Saint-Exupéry


            A Copa passou, deixando várias lições, sendo esta a mais importante: fora do trabalho em equipe, não há salvação. Guimarães Rosa entendia tanto disso que colocou no seu Grande Sertão - Veredas: “O capinar é sozinho... a colheita é comum”. O danado é como criar o hábito de trabalhar em equipe, se desde o início da nossa formação educacional somos treinados a trabalhar sozinhos? E um hábito não se muda da noite para o dia...
            Vejam o que um hábito é capaz de fazer. Inicio da Copa. Todos aqui em casa decidimos: assistiríamos aos jogos do Brasil, mas nada de camisa, de estresse, de torcida apaixonada, afinal, os desmantelos no pré-copa, onde a nação foi terrivelmente subtraída em tenebrosas transações, estava (e ainda está) doendo muito na alma, e no bolso, de todos nós. No entanto, a cada jogo, acontecia algo interessante. Bastava a seleção entrar, e o hino começar a soar em nossos ouvidos que tudo mudava. E de torcedor indiferente, passávamos a torcedor apaixonado. Dizem que a alma é uma música: a melodia do hino nacional trazia a lembrança do passado, onde éramos acostumados a torcer, sem colocar a política entre nós e a seleção... a música trazia o velho hábito e “quando um hábito surge, o cérebro para de participar das decisões”. Quem assumia a função de pensar, naquele momento, era o coração...
            Então, se Shakespeare fosse vivo, com certeza ele mudaria a frase: somos feitos dos nossos sonhos; para: somos feitos dos nossos hábitos. E hábitos esses que nem sempre são saudáveis, por isso que o escritor Fernando Teixeira tem razão ao pedir: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo de travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. Os viciados em jogos, drogas, sexo, etc., etc. deveriam utilizar esse texto como um mantra diário...
            Existem artigos científicos - acho até modestos esses números-, mostrando que mais de 40% das nossas ações diárias não são decisões de fato, mas sim de hábitos. Eu tenho um conhecido que vive um relacionamento bem estranho com a sua namorada: a cada três meses, eles pegam uma grande briga e passam 15 dias sem se falarem. Outro dia, ele me confidenciou: “faltavam 12 horas para completarem os 90 dias. E nada de briga. Era uma paz que chegava a incomodar. Então, peguei o telefone e, sem mais nem menos, disse que ela não era a mulher da minha vida. E desliguei. Amanhã, será o décimo quinto dia sem nos falarmos. E eu já ensaiei o discurso de desculpas, para ela”...
            O fato é que mudar um hábito não é fácil! “Os hábitos nunca desaparecem. Estão codificados nas estruturas do nosso cérebro, e essa é uma enorme vantagem para nós, pois seria terrível se tivéssemos que reaprender a dirigir depois de cada viagem de férias”. Entretanto, tem o outro lado da moeda. O que pode parecer uma vantagem, pode transformar-se em um perigo enorme. Os nazistas tanto sabiam disso que basearam toda a sua política em: “uma mentira dita 100 vezes, torna-se verdade”. A Verdade - que deveria ser uma virtude-, é de fato um hábito... Acreditamos no que nos acostumamos a acreditar...
E para um mundo cheio de mentiras é assim que se caminha a humanidade. E engana-se quem pensa que, no mundo globalizado, temos as informações verdadeiramente verdadeiras... Lemos não a verdade, mas sim a verdade que alguém quer nos vender... É terrível admitir que Mark Zuckerberg (Fundador do Facebook) tenha razão ao dizer: “A morte de um esquilo na frente da sua casa pode ser mais relevante para os seus interesses imediatos do que a morte de pessoas na África”...
E, hoje, baseado nos nossos hábitos, as empresas direcionam o seu marketing para o indivíduo e não para o coletivo. É o marketing geneticamente induzido. Assim, se eu colocar a palavra vinho no Google, terei como resposta uma série de sites bem diferentes da mesma busca realizada por outra pessoa. Desde 2009, o Google faz busca PERSONALIZADAS para todos. Cada um já tem o seu Google individual. “Um mundo construído a partir do que é familiar é um mundo no qual não temos nada a aprender”...
Dizem que “a democracia exige que os cidadãos enxerguem as coisas pelo ponto de vista dos outros; em vez disso, estamos cada vez mais fechados em nossas próprias bolhas”. Criamos links, que são pontes invisíveis e, mesmo assim, elas estão se desmoronando... O WhatsApp que o diga, afinal, estamos tão perto dos distantes; tão longe dos que estão próximos...
É preciso, portanto, que algumas questões sejam imediatamente respondidas: se continuaremos com cada um por si, Deus será por quem? Se ficarmos cada um no seu mundo - sem haver necessidade do trabalho em equipe, mas sim de “times” dependentes de um único individuo-, quantos 7x1 ainda teremos que enfrentar?!
Francisco Edilson Leite Pinto Junior – Professor, médico e escritor

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

As revelações na poesia potiguar: quando se reunem, é só poesia.


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Quando escritoras se encontram, é só poesia...

Escritoras Jania Souza, Conceição Maciel e Flauzineide Moura
Lançamento do livro de Conceição - acervo do projeto
Foto abaixo escritoras e poetisas em "Reunião da AJEB/RN"
Poetisa Gilda Avelino, Flauzineide, Zelma e Deth Hack
Confraternização da Academia Feminina de Letras do RN

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